Preocupamos-nos tanto com a transcendência e afinal ela não é assim nada de extraordinário.
Provavelmente até nem existe.
Não existe porque tudo aquilo que faz parte da transcendência, ou que nos transcende, está implícito no conceito de: "algo que nós ainda não conseguimos percepcionar, alcançar ou conhecer".
Ora, se nós ainda não conseguimos percepcionar, significa que podemos vir a percepcionar. Nesse momento deixa de ser transcendente e perde a sua importância. Se a transcendência é algo que nunca percepcionaremos, ou conheceremos, então é uma ânsia infundada.
Ao percepcionarmos o não fundamento desta ânsia deixaremos de dar importância à transcendência.
Sempre que a transcendência perde importância é como se deixa-se de existir. Ou acaba mesmo por deixar de existir na nossa concepção mental, e a nossa mente, deixando de dar importância à transcendência passa a dar importância à simplicidade do real.
A transcendência é apenas aquilo que é, nem mais nem menos.
A realidade é apenas aquilo que é, nem mais nem menos.
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