A ponte D. Luís I e a meditação.



Vou falar sobre uma coisa bela e bonita. Interessante talvez. Uma forma para quem não faz meditação, de perceber uma sensação que surge imbuída nos sentidos durante a meditação. Pelo menos na minha.

Durante as minhas caminhadas contemplativas, as quais prazerosamente faço, aprecio atravessar a ponte D. Luís I e observar o rio Douro e a Ribeira. É uma paisagem iconicamente rústica, citadina e rural, tradicional e moderna.
Gosto de caminhar ao longo da ponte, observar este panorama, olhar para o horizonte e para as falésias distantes.
Ora, numa destas caminhadas, despertou-se em mim uma sensação estranha, engraçada e bonita.
Percebi que embora eu me estivesse a mover, as falésias e o horizonte pareciam estar parados devido à distância. O meu cérebro, habituado à percepção de “se me movo os objectos devem acompanhar esse movimento”, sentiu uma ligeira sensação de vertigem.
No entanto, o que me chamou a atenção foi o facto desta sensação ser semelhante a uma sensação meditativa, em que eu estou parado mas tudo (pensamentos e sensações) se movem. E eu os observo, quase como que de fora.

Esta é apenas mais uma “impressão mental” e por isso impermanente, talvez nem tenha significado nenhum. Mas, quando passarem pela ponte D. Luís I lembrem-se e caminhem observando o horizonte.

Sem comentários:

Enviar um comentário